No início de sua agenda nos Estados Unidos, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, abriu discussões sobre oportunidades de investimento com empresários norte-americanos, além de participar de debates sobre o financiamento da transição ecológica. Sua presença em Washington inclui participações em reuniões do Fundo Monetário Internacional (FMI), do Banco Mundial e do G20, que engloba as maiores economias globais, junto à União Europeia e a União Africana.
Destacando-se no primeiro evento na terça-feira (16), na Câmara de Comércio dos Estados Unidos, Haddad esclareceu os impactos da recente reforma tributária brasileira sobre as oportunidades de investimento estrangeiro no país. Enfatizando que a reforma resolveu longos impasses na tributação do consumo, ele compartilhou perspectivas promissoras para investidores estrangeiros.
Referente à regulamentação em curso da reforma tributária, cujos projetos serão submetidos ao Congresso na próxima semana, o ministro assegurou que os detalhes não comprometerão os fundamentos da reforma constitucional. Haddad expressou confiança de que o Brasil terá um sistema tributário de excelência a partir de 2027.
No mesmo evento, Ilan Goldfajn, presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento e ex-presidente do Banco Central, ofereceu uma análise abrangente sobre a América Latina. Reconhecendo o desafio da desigualdade social na região, ele identificou na transição ecológica uma oportunidade crucial para abordar questões emergentes. Goldfajn elogiou iniciativas como o “hedge” verde, lançado pelo Brasil durante a COP 28 em Dubai.
Explorando o tema das finanças sustentáveis em eventos paralelos, Haddad ressaltou a importância de mecanismos financeiros para apoiar a transição ecológica. Ele enfatizou a necessidade de compartilhar experiências entre países, destacando o pioneirismo do Brasil na área.
Mark Carney, enviado especial da ONU para a Ação Climática, elogiou o plano de transição ecológica apresentado pelo Brasil durante sua presidência do G20, defendendo reformas significativas no financiamento internacional para o meio ambiente.
O evento paralelo, organizado pelo Grupo de Trabalho de Finanças Sustentáveis do G20, contou com a participação do Instituto Clima e Sociedade, do Wilson Center e do Brazil Institute.
Na agenda desta quarta-feira (17), Haddad continua sua participação em eventos paralelos ao G20. Ele está confirmado para um painel sobre segurança alimentar na sede do Banco Mundial, seguido de uma discussão sobre tributação internacional no FMI, além de participar de reuniões da cadeira brasileira no Banco Mundial e no FMI. A noite termina com um jantar oficial do G20 na sede do FMI.
