PIB estagnado e inflação acima da meta em 2025 preocupam mercado e consumidores do DF, mostra Banco Central
Selic alta, dólar em R$ 5,90 e IPCA acumulado em 5,06% indicam que economia brasileira seguirá travada e com reflexos diretos no poder de compra da população

O novo Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (7) pelo Banco Central, confirma que a economia brasileira está longe da recuperação esperada em 2025. O crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) foi mantido em 1,97%, enquanto a inflação oficial segue fora da meta, com previsão de 5,65% para o ano. Esse cenário preocupa principalmente os consumidores do Distrito Federal, onde os custos com energia, transporte e alimentação já pressionam severamente o orçamento familiar.
A taxa básica de juros (Selic) está em 14,25% ao ano, e deve alcançar 15% até dezembro, elevando ainda mais o custo do crédito no comércio, no setor imobiliário e no consumo diário da população. O IPCA de fevereiro foi de 1,31%, o mais alto para o mês em mais de duas décadas, e o acumulado de 12 meses já atinge 5,06%.
Custo de vida em alta no DF
No Distrito Federal, os impactos dessa conjuntura são ainda mais sentidos devido ao alto custo de vida local. Com o dólar projetado para R$ 5,90, o efeito sobre preços de combustíveis, alimentos e serviços tende a se intensificar, afetando desde o consumidor comum até os pequenos negócios da região.
Especialistas apontam que a inflação continuará acima da meta até pelo menos 2026, enquanto o crescimento da economia seguirá tímido. As projeções para os próximos anos também são modestas: PIB de 1,6% em 2026 e 2% em 2027 e 2028.
Juros altos e consumo retraído devem marcar o ano
Segundo o Comitê de Política Monetária (Copom), mesmo com sinais de desaceleração, a economia brasileira permanece aquecida, o que exige manutenção de juros elevados por mais tempo. A estimativa do mercado é que a Selic caia gradualmente a partir de 2026: 12,5% em 2026, 10,5% em 2027 e 10% em 2028.
Enquanto isso, a população do DF convive com um cenário de encarecimento geral, dificuldade de acesso a crédito e perda do poder aquisitivo, realidade que tende a se agravar sem medidas de alívio fiscal e incentivo à retomada econômica.